Durante 50 anos, a Confederação Europeia de Sindicatos (CES) lutou por uma Europa justa com empregos seguros, salário digno, serviços públicos de excelência, igualdade para todos, ideais democráticos e direitos para os trabalhadores fortes, baseados na negociação coletiva e no diálogo social.
Acompanhado por um programa de ação detalhado, este Manifesto de Berlim constitui um apelo à ação ambicioso aos sindicalistas europeus e outros comprometidos a defender estes objetivos e a elevar os padrões de vida e os direitos sindicais e humanos e o respeito pelos trabalhadores e suas comunidades.
Leia o Manifesto de Belim 2023-2027 aprovado pelo Comité Executivo da Confederação Europeia de Sindicatos em 31 de Março de 2023 e submetido para adoção ao Congresso
NOTA: Tradução do documento da responsabilidade da UGT
A UGT participa, enquanto organização filiada, no 15º Congresso da Confederação Europeia dos Sindicatos (CES) que se realiza em Berlim, entre os dias 23 a 26 de Maio de 2023.
O Congresso, que conta com a participação de várias centenas de delegados de 90 centrais sindicais do continente europeu, vai debater o Relatório de Actividades do anterior mandato e o Plano de Acção da CES para o período de 2023 – 2027.
A CES irá igualmente eleger os novos órgãos de direcção, designadamente o Secretariado, a Presidência e a Secretária-Geral da Confederação Sindical.
A UGT está representada nesta iniciativa pelo Secretário-geral, Mário Mourão, pelos Secretário-gerais Adjuntos, Catarina Tavares e José Cordeiro, pelo Secretário Executivo, Daniel Matos e pelas Presidente da Comissão de Mulheres e da Juventude, Cristina Trony e Tânia Maltez, respetivamente. Encontram-se também neste congresso, os dirigentes Elizabeth Barreiros, em representação da Eurocadres e Marco Oliveira, em representação dos 46 Conselhos Sindicais Inter-regionais de toda a Europa.
A UGT, que enviou uma mensagem às centrais sindicais turcas, mostrou-se hoje solidária com as famílias das vítimas do sismo na Turquia e Síria, enaltecendo o papel das equipas de socorro, mas lamentou que não tenha sido decretado cessar-fogo.
"Perante o terrível terramoto que assolou a Turquia e a Síria deixando um rasto de destruição e morte, a UGT não pode deixar de se solidarizar com as vítimas e suas famílias num momento em que o número de mortos e de feridos continua ainda a aumentar e em que os desaparecidos são ainda muitos.
Lamentamos que nas regiões assoladas pela guerra esta catástrofe não tenha sido suficiente para se decretar um cessar-fogo. Lamentamos que a censura das redes sociais esteja a impedir que algumas vítimas sejam socorridas.
Na mensagem enviada às centrais sindicais turcas, filiadas na ITUC-CSI (Confederação Sindical Internacional), a UGT sublinhou o papel dos serviços de proteção civil e dos profissionais de saúde que, em circunstâncias tão difíceis, salvam vidas e resgatam a esperança.
Por isso, não podemos deixar de enaltecer também as equipas de socorristas portugueses que, com o apoio do governo, se prontificaram a partir para a Turquia e a ajudar nas operações de busca e salvamento.
A solidariedade e o humanismo fazem-se de gestos concretos e nada há de mais concreto do que salvar vidas."
A UGT manifesta a sua preocupação, indignação e repúdio perante o assalto que, ontem, foi feito às instituições democráticas brasileiras.
A incapacidade de aceitar os resultados do jogo democrático e o envenenamento da informação que alimenta os movimentos populistas têm de ser liminarmente rejeitados.
Para a UGT, o Estado de Direito e o regular funcionamento das instituições democráticas são condições fundamentais. O movimento sindical, a sociedade, os partidos democráticos necessitam de manter-se unidos contra a ameaça crescente da extrema-direita bolsonarista.
Liberdade, Igualdade, Justiça são valores democráticos por excelência e são também condições para que possa haver uma justa redistribuição da riqueza e um verdadeiro progresso social. Por isso, o povo brasileiro pode contar com a nossa solidariedade e, desde já, fazemos votos de que a Democracia possa sair fortalecida depois deste infeliz acontecimento e para que o regular funcionamento das instituições seja restabelecido.