A direcção da UGT, na pessoa do Secretário-geral, Carlos Silva, recebeu o candidato às eleições presidenciais, Henrique Neto.
Esta reunião agendada a pedido do candidato presidencial teve como objectivo auscultar a central sindical sobre as suas perspectivas sobre o futuro ao nível da economia, do crescimento económico e da questão do desemprego.
Em declarações aos jornalistas, no final da reunião, o Secretário-geral da UGT afirmou que transmitiu a Henrique Neto as preocupações que a central sindical fez verter no guião para a legislatura, documento apresentado aos partidos políticos e parceiros sociais no passado mês de Abril.
Segundo Carlos Silva, uma das mensagens mais importantes que foram transmitidas ao candidato a Presidente da República foi no sentido de ser necessário uma revalorização do factor trabalho. O líder da UGT acrescentou que foi também declarado que a Central está em pleno desacordo com as propostas apresentadas no último relatório do FMI que continua a pressionar o Governo e a opinião pública portugueses para a manutenção de uma política de austeridade e de empobrecimento.
Para a UGT, “um candidato à Presidência da República que quer ser, segundo o que nos foi transmitido, uma pessoa que ganhando as eleições quer ser um órgão interventivo, um órgão que respeita a separação de poderes, que não será apenas um inquilino do palácio de Belém. Naturalmente que a UGT compreende que um candidato com este sentir, é um candidato importante para o mundo do trabalho”, destacou o líder da central sindical.
Carlos Silva ressalvou que este pedido de reunião pelo candidato presidencial demonstra o seu respeito pelo movimento sindical e pela valorização do papel dos parceiros sociais no diálogo social.
Por seu lado, Henrique Neto, no final da reunião concordou com a proposta da UGT de aumento do salário mínimo no próximo ano, afirmando que “aumentar o salário mínimo dentro da razoabilidade que a UGT propõe é um factor de modernização da economia e não uma tragédia como muitos querem fazer crer”.
Os órgãos sociais do SBSI tomaram posse esta manhã, numa cerimónia que contou com a presença do Secretário-geral da UGT, Carlos Silva, da Presidente, Lucinda Dâmaso, e de vários dirigentes executivos da Central.
O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, considera incompreensível que a austeridade continue além do programa de intervenção da Troika e prometeu combater as posições do FMI.
"O FMI tem uma posição extremamente ideológica, pretendendo embaratecer o trabalho e retirar direitos e regalias laborais, o que levará os trabalhadores ao empobrecimento. A 'troika' saiu de Portugal em maio de 2014, mas o FMI volta à carga e nós temos de dizer não a esta cegueira", disse o sindicalista à Lusa.
Carlos Silva acusou o FMI de ser "uma máquina perversa de destruição dos direitos dos trabalhadores".
"Se Portugal e o seu Governo continuam manietados por uma organização que ataca os direitos dos trabalhadores, vai por mau caminho", afirmou.
Carlos Silva, Secretário-geral da UGT, liderou uma delegação da Central que se deslocou ao distrito de Aveiro com o intuito de aumentar a proximidade com os empresários e trabalhadores da região e perceber as suas dificuldades diárias, um pouco à imagem do que tem sido feito em outras partes do País.
Nesta iniciativa, organizada pela UGT Aveiro, Carlos Silva teve a oportunidade de se reunir com o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, Fernando Caçoilo e visitar a empresa Pascoal e Filhos, S.A, na qual falou com os trabalhadores e administração, além de conhecer todas as infraestruturas da fábrica. O Secretário-geral e restante comitiva participaram ainda numa reunião na Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR), em Santa Maria das Lamas e visitaram também o Centro de Formação Profissional e Industria de Cortiça, centro protocolado pela APCOR e o IEFP e que desenvolve formação profissional na área da cortiça.
No final da jornada, Carlos Silva lembrou que esta visita se insere na política de compromisso e sensibilização desenvolvido pela Central junto do sector empresarial, insistindo que este pode e deve continuar a investir em políticas que permitam a criação de mais e melhor emprego, não esquecendo, também, a necessidade de uma profunda reflexão sobre o aumento do salário mínimo, desafio lançado pela UGT nas últimas comemorações do 1.º de Maio.
Cerca de 450 pessoas, das quais 360 trabalhadores da Carris, estiveram presentes no passado dia 14 de Maio, no Cinema São Jorge para debater e esclarecer as questões relativas ao caderno de encargos que está na base da subconcessão dos transportes públicos na área de Lisboa.
No debate organizado pelo SITRA e a FETESE, ambas as organizações sindicais filiadas na UGT, em conjunto com a Comissão de Trabalhadores da Carris, o SNM e a ASPTC estiveram presentes dois investigadores do Observatório para as Condições de Vida, Raquel Varela e Renato Guedes, que ajudaram os trabalhadores a desmontar o caderno de encargos e esclarecer as questões políticas, técnicas e jurídicas subjacentes a esta subconcessão.
Entre outras questões, os dois investigadores esclareceram que metade das receitas vão ser entregues à empresa subconcessionária e acrescentaram que neste caderno de encargos se adivinha um despedimento coletivo de cerca de 300 trabalhadores, aqueles que não passam para a empresa privada.
Por sua vez, nesta também se poderão vir a verificar despedimentos, por via da extinção do posto de trabalho, uma vez que, o caderno de encargos permite à concessionária proceder a uma adequação da rede.
Ainda segundo os dois teóricos, o caderno de encargos equipara o direito à greve a um ato de guerra. Uma questão que, nas palavras de Raquel Varela, ultrapassa mínimos democráticos.
No final de um debate bastante participado, seguiram-se aos discursos dos representantes dos trabalhadores.
Em nome do SITRA, Sérgio Monte, salientou a importância deste debate e das notas deixadas por um conjunto de investigadores independentes que apenas têm o interesse de defender o interesse público. Salientou que ficou bem patente que os contribuintes, em nome dos quais se pretende fazer esta concessão/privatização, não ficarão melhor servidos e terão ainda de suportar mais encargos.