A vice Secretária-geral do Sindicato Nacional dos Profissionais de Educação (SINAPE), Helena Passaporte, denuncia a actual situação vivida no sector da Educação e reafirma o compromisso do SINAPE de clamar por trabalho digno e remunerações dignas para os trabalhadores.
SINAPE apela a todos os profissionais para se juntarem à luta do próximo dia 15 de Fevereiro.
No dia 31 de janeiro de 2019, o CRL promoveu a apresentação pública do Estudo: a Economia Digital e a Contratação Coletiva.
O estudo visa avaliar qual o impacto da economia digital na contratação coletiva. A sua apresentação foi feita pela autora, Profª Doutora Rosário Palma Ramalho, Catedrática de Direito do Trabalho da Faculdade Direito de Lisboa. O trabalho também contou com a participação do plenário do CRL, da Comissão Científica do CRL e com a inestimável colaboração técnica de toda a equipa do CRL.
O seminário foi aberto pelo Senhor Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Dr. António Vieira da Silva, e encerrado pelo Senhor Secretário de Estado do Emprego, Dr. Miguel Cabrita.
A UGT fez-se representar nesta iniciativa pelo Secretário-geral Adjunto, José Cordeiro, que participou numa mesa redonda com parceiros sociais sobre tema da “digitalização da economia e as oportunidades da contratação colectiva”.
Também marcaram presença os representantes da UGT no CRL, os Secretários Executivos Carlos Alves e Luís Costa, bem como destacados dirigentes de sindicatos filiados na UGT de vários sectores de actividade.
O Secretário-geral da UGT, convidado para participar no Fórum TSF, mostrou-se preocupado com o facto de ouvir membros de governos, neste caso do Partido Socialista, a lançar dúvidas sobre o direito à greve.
Interpelado sobre como vê o apelo lançado pela Ministra da Saúde para se repensar o direito à greve nos serviços de saúde, Carlos Silva reafirmou que para a UGT e para os seus sindicatos “a greve é o ultimo recurso”, frisando que “a melhor greve é aquela que não se faz”. Acrescentou que se as greves são decretadas têm um objetivo de apelar aos governo ou empresas para se sentarem à mesa e negociar.
No sector da saúde o que está em causa “é uma delapidação dos serviços públicos, uma incapacidade de gestão de pessoas e de recursos, de falta de renovação dos quadros e de falta de diálogo”, acrescentou o líder da UGT. “Aquilo que o Governo tem feito é assumir uma posição unilateral irredutível que coloca os compromissos internacionais em primeiro lugar, colocando as pessoas num patamar secundário”.
O que preocupa a UGT é este tom de ameaça que a greve pode constituir um abuso, atirando o ônus e a responsabilidade de tudo o que se passa de mal para cima dos sindicatos e dos trabalhadores, destacou Carlos Silva, que lançou um apelo à tutela “a ministra da Saúde olhe mais para o seu ministério e ver o que pode fazer para acompanhar a satisfação dos profissionais de saúde que estão em luta”.
Por último, o líder da UGT afirmou estar preocupado com a situação dos concidadãos que veem as suas cirurgias adiadas, no entanto considera que a culpa não pode ser atribuída aos profissionais, apontando a responsabilidade a quem governa e a quem gere expectativas e recursos humanos.
Oiça o Secretário-geral da UGT no Fórum TSF no link abaixo
SBSI, SBC, SISEP e STAS assinaram esta manhã, na sede da UGT, uma declaração de compromisso para a constituição de um sindicato nacional do setor financeiro, que deverá nascer em 2020.
Um momento histórico. Às 11h00 de hoje, 31 de janeiro, os presidentes das Direções dos quatro sindicatos formalizaram, com a assinatura pública da declaração de compromisso, "a firme vontade de constituir uma organização de âmbito nacional".
Carlos Silva, que como secretário-geral da UGT foi anfitrião da iniciativa, destacou a importância desta decisão conjunta, lembrando que três dos Sindicatos – SBSI, SBC e STAS (então com outra designação) – foram fundadores da central sindical e muito ativos durante a ditadura e após o 25 de Abril. "Estes são, realmente, os grandes sindicatos da UGT", frisou.
Congratulando-se por "ver surgir o maior sindicato português – o SBSI já é o maior per si, mas outros entenderam juntar-se", disse o líder da central, acrescentando que "este exemplo de unidade devia ser replicado no País e no movimento sindical".
Carlos Silva adiantou que este tarde, na audiência da UGT com o Presidente da República, transmitir-lhe-á "este momento", recordado que Marcelo Rebelo de Sousa defendeu a adaptação do movimento sindical aos novos desafios.
Projeto com décadas
O presidente do SBSI, que na mesa esteve ladeado pelos presidentes dos restantes Sindicatos – António Carlos (SISEP), Helena Carvalheiro (SBC) e Carlos Marques (STAS) – interveio em nome de todos.
"Este projeto não nasceu há pouco, há décadas que se fala na união, para responder ao que se passa no setor financeiro", explicou.
Referindo-se ao âmbito abrangente da futura organização nacional, Rui Riso salientou a importância de não deixar desprotegidos os trabalhadores do setor que não se reveem nos Sindicatos dos Bancários ou dos Seguros, como os consultores ou os técnicos de informática. "Há 30 anos que se sentiu a necessidade de um sindicato que abrangesse todas as áreas do setor financeiro", disse.
Admitindo que para muitos, por sentimentos de pertença e ligação ou de preenchimento de cargos, a mudança é difícil. "Mas os dirigentes destes quatro Sindicatos não estão agarrados ao poder", como prova a constituição do futuro sindicato.
"Não há democracia sem sindicatos. Os sindicatos são o mais forte que os mais fracos têm, e nas relações de trabalho os mais fracos são os trabalhadores", frisou.
Caminho irreversível
A declaração de compromisso agora assinada é "um manifesto da vontade de traçar o caminho expresso nas assembleias-gerais" dos Sindicatos.
"Este compromisso formaliza a vontade destes quatro sindicatos, de dar continuidade ao desejo, há muito manifestado, de uma união sindical do setor financeiro que promova a construção de uma organização sindical mais forte, mais abrangente e que garanta maior proteção aos seus associados", lê-se no documento.
"Os trabalhadores do setor financeiro estão, a partir de hoje, mais fortes. Este é um passo determinante do sindicalismo do futuro, ao fortalecer os sindicatos, a UGT e o sindicalismo português", considerou Rui Riso.
"A atividade sindical vai continuar o caminho irreversível deste projeto. A partir de hoje estamos comprometidos", frisou.
Referindo-se à data prevista para o nascimento do futuro sindicato nacional, Rui Riso adiantou que há um calendário estabelecido, de forma a cumprir as necessidades burocráticas, fiscais e de interação com o exterior, mas os Sindicatos não podem determinar o tempo de intervenção das entidades externas, como o Ministério do Trabalho.
Assim, dando tempo para que se cumpram todos os passos, "o sindicato unificado deverá existir daqui a um ano", concluiu Rui Riso.
À margem da apresentação do novo sinidcato nacional, o líder do SBSI, questionado pelos jornalistas sobre a aqctual polémica com a auditoria à CGD, disse que as responsabilidades sobre a gestão da CGD não são só do actual Governo e devem ser também atribuidas ao anterior Executivo.
O Presidente do SBSI considera que é fundamental que a confiança no banco público não seja abalada, e para isso é preciso distinguir a instituição financeira das pessoas que a lideram:" a auditoria é importante para apurar responsabilidades civis sobre quem possa ter prejudicado a Caixa e por consequência o erário público", admite, alertando no entanto que "temos de ter distanciamento suficiente para não colocar em causa a confiança que a Caixa recuperou no mercado e já agora para poupar quem dá a cara pela Caixa".
(Texto: UGT com SBSI)
REPORTAGEM RTP
Uma delegação da UGT foi recebida hoje pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e levou os temas da Administração Pública, as vicissitudes do diálogo social, o Brexit e a CGD para debater com o Chefe de Estado.
No final da reunião, o Secretário-geral da UGT, Carlos Silva, apontou o dedo do Governo "colocar os sindicatos entre a espada e a parede" e defendeu que os "trabalhadores não podem ver os seus direitos em causa". Em declarações aos jornalistas, Carlos Silva garantiu que "se o Governo não se sentar à mesa das negociações com os sindicatos, levará com desgaste até às eleições" e considerou a declaração desta quarta-feira da ministra Marta Temido, em entrevista à RTP3, "inaceitável".
"É talvez um desabafo irresponsável da ministra da Saúde quando vem afirmar que a greve poderá ser um abuso quando ela é um preceito e um princípio constitucional e um direito dos sindicatos", afirmou Carlos Silva dizendo que isso acontecia em ditadura. "É uma forma que os sindicatos têm de defender os seus trabalhadores", acrescentou.
“Não é por causa da greve cirúrgica dos enfermeiros que há centenas de camas de doentes nos corredores dos hospitais”, acrescentou Carlos Silva, rejeitando que o ónus da responsabilidade de qualquer greve recaia sobre os trabalhadores ou os sindicatos. “Lamento muito que atinja os mais frágeis, mas a culpa não é dos sindicatos nem dos trabalhadores. A culpa é de quem é um mau patrão. Se é preciso uma greve cirúrgica para dizer ao Governo que nós não abdicamos de lutar, então que se faça a greve”, afirmou.
Além das greves dos enfermeiros, Carlos Silva deu como exemplo o impasse nas negociações dos professores e adiantou que o Presidente da República está "preocupado com a conflitualidade social". "O que é que o Governo quer? Quer manter o clima da conflitualidade social? Quer negociar com os coletes amarelos? Com os movimentos do Facebook? Do Twitter? Com os movimentos inorgânicos?", questionou Carlos Silva, assegurando que a UGT está sempre disponível para sentar à mesa das negociações. Só não aceita que lhe digam "é assim que nós queremos ou não há negociação".
No final da audiência com Marcelo Rebelo de Sousa, o secretário-geral da UGT explicou que durante o encontro foram também abordados os temas da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e do Brexit, salientando que "a culpa não pode morrer solteira em relação à CGD" e que "seria bom que os cidadãos britânicos pudessem decidir num novo referendo se querem mesmo sair da UE".
Além do Secretário-geral da UGT constituíram a delegação sindical, a Presidente Lucinda Dâmaso, o Secretário-geral Adjunto, Sérgio Monte, e os Secretários-gerais da FESAP e da FNE, José Abraão e João Dias da Silva, respectivamente.
(Fonte:Sic Noticias)